Mulheres sem nome traz a perspectiva de três mulheres (Caroline, Kasia e Herta) que viveram a segunda guerra. Mulheres com força e determinação.
Caroline trabalha voluntariamente no consulado da França em Nova Iorque, tudo está o maior caos depois que Hitler decide invadir a Polônia.
Kasia é apenas uma jovem quando vê seu país (Polônia) totalmente modificado pela invasão nazista e acaba se juntando a resistência.
Herta é uma jovem alemã ambiciosa que estuda medicina e deseja ser cirurgiã -realidade distante para uma mulher na década de 30/40.
A história retrata acontecimentos de 1939 a 1959, durante esses vinte anos podemos ver perspectivas dessas mulheres em localidades diferentes e a medida que a guerra vai acontecendo suas vidas são cruzadas. Um ponto importante é o fato de mostrar o pós guerra, não se limitando apenas a guerra em si, mas mostrando todas as consequências por ela causada.
A escrita é maravilhosa e cheia de detalhes, a autora soube tornar únicas cada uma de suas personagens, isso me permitiu criar ligações -principalmente com Kasia, que acabou parando no campo de concentração de Ravensbrück e vivenciando diversas atrocidades.
Quando pensamos na segunda guerra, sempre imaginamos apenas dois lados, quando na verdade a guerra gerou dezenas de situações distintas e milhares de histórias, milhares de faces.
O livro é brilhante e tocante. Mesmo com suas quase 500 páginas, a leitura é fluída e é quase impossível interromper. A escrita é direta e não nos poupa de muitos dos sofrimentos vivenciados pelas personagens, mas ainda assim cumpre seu papel. Ainda estou digerindo a história, é o tipo de livro que fica na pele por dias.
Absolutamente fantástico!
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